Rev. DERC (Online) 2019; 25(1): 24-30
QUAL A RELEVÂNCIA DO TESTE ERGOMÉTRICO PRECOCE NA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PÓS-INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO? COMO ESTRUTURAR A PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO AMBULATORIAL PÓS-TESTE NO PACIENTE INFARTADO?
Infarto do miocárdio com supradesnivelamento de ST (IM SST),,
Após as abordagens clínica e intervencionista iniciais (diretrizes específicas), preferencialmente entre quatro a seis horas da hospitalização e início dos sintomas, surge como alternativa complementar a estratificação não invasiva de risco, habitualmente entre três e sete dias após o IM SST. É empregada com o objetivo de antecipar a alta hospitalar naqueles pacientes (P) com baixo risco de complicações e auxiliar o estabelecimento do prognóstico a longo prazo, entre outras informações. A avaliação da função ventricular sistólica (fração de ejeção) e a realização de testes de estresse, entre os quais o TE, são de fundamental importância dentro do processo de decisão médica. Neste contexto, a detecção de isquemia naqueles pacientes que não se submeteram à cinecoronariografia ou à avaliação da repercussão funcional de estenoses coronárias residuais apresenta-se como indicação preferencial. Em geral, não são candidatos ao TE pré-alta hospitalar os pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea ou revascularização cirúrgica do miocárdio que foram totalmente revascularizados. Da mesma forma há contraindicação formal na presença de situações de alto risco como angina instável, insuficiência cardíaca descompensada e arritmias graves (risco de morte). Adicionalmente, os TE possibilitam a abordagem da capacidade funcional objetivando a prescrição de exercícios em um programa de reabilitação cardiovascular, além de identificar marcadores de risco adicionais em alguns pacientes, como a detecção de arritmias, o desencadeamento de angina em baixa carga de trabalho, resposta hemodinâmica anormal (comportamento da pressão arterial (PA) e frequência cardíaca – FC), isquemia silenciosa precoce, entre outros.
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