Rev. DERC (Online) 2019; 25(3): 89-91
QUAIS OS PARÂMETROS A SEREM SEGUIDOS NO MOMENTO DA ESCOLHA DO PROTOCOLO DE ESTRESSE NA CINTILOGRAFIA MIOCÁRDICA NA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA?
Quais informações a cintilografia miocárdica pode fornecer ao cardiologista clínico quanto à conduta terapêutica (tratamento clínico ou revascularização miocárdica)?
A cintilografia miocárdica contribui significativamente para a detecção não invasiva da doença arterial coronariana, especialmente em casos com risco cardiovascular intermediário, dificuldade de interpretação eletrocardiográfica e em pacientes com baixa capacidade funcional. É um método não invasivo que alia a capacidade diagnóstica à possibilidade de estratificar de maneira muito adequada o risco cardiovascular do paciente, auxiliando o cardiologista clínico na tomada da decisão terapéutica.
A cintilografia miocárdica apresenta sensibilidade entre 85% e 90% e especificidade entre 71% e 79%. O valor prognóstico de uma cintilografia miocárdica normal está bem estabelecido na literatura, sendo o valor preditivo negativo próximo de 99% em um período aproximado de dois anos. O risco de eventos cardiovasculares se aproxima de 1% em pacientes com perfusão normal, sendo um pouco maior (em torno de 2 a 3%) quando a perfusão normal é evidenciada após estresse farmacológico. O valor preditivo negativo permanece alto mesmo em pacientes com escore de Duke de alto risco ou com escore de cálcio elevado. Portanto, uma cintilografia miocárdica normal permite que o cardiologista mantenha o tratamento clínico focando no controle dos fatores de risco.,
[…]
8