Rev. DERC (Online) 2020; 26(1): 13-19
Programa de Reabilitação Cardiovascular Proporciona Ganho de Capacidade Funcional e Força Muscular após Síndrome Coronária Aguda
Resumo
Introdução:
A prática da atividade física se associa a uma importante redução da mortalidade em indivíduos saudáveis e doentes. Considerando o alto risco de recorrência do infarto agudo do miocárdio, as medidas de prevenção secundária como a reabilitação cardiovascular se tornaram objeto de estudo para seguimento após a alta hospitalar.
Objetivo:
avaliar os efeitos da reabilitação cardiovascular e metabólica – fase 2 – sobre a capacidade funcional e força após síndrome coronariana aguda.
Métodos:
Estudo piloto, com amostra composta por 16 cardiopatas, idade média de 61,4 ± 8,0 anos. Foram submetidos a 20 sessões do programa de reabilitação fase 2 no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville. Foram realizadas as seguintes avaliações pré e pós programa: (1) Teste ergométrico (protocolo de Bruce); (2) Teste da Caminhada de 6 minutos (TC6′) conforme protocolo da American Thoracic Societ; e o (3) Teste de Preensão Palmar (TPP) conforme protocolo da American Society of Hand Therapists.
Resultados:
No teste ergométrico houve um incremento médio de 1,37 MET; no TC6′ os cardiopatas apresentaram um aumento médio na distância percorrida de 50 m; e no TPP a média de incremento para a mão direita foi de 3 kgf e para a mão esquerda de 2 kgf; todos os testes apresentaram resultados estatisticamente significativos (p<0,05).
Conclusão:
O estudo mostrou que esse programa desempenhou papel importante na melhora da resistência aeróbica, da capacidade funcional e da força dos cardiopatas; estas são variáveis importantes na redução do risco de recorrência de evento coronariano agudo e de reinternação.
Palavras-chave: Cardiopatas; Hospital Público; Prevenção Secundária; Reabilitação Cardiovascular
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