Rev. DERC (Online) 2020; 26(4): 230-234

Fratura de Estresse e Tendinite: Apenas “Overuse” ou Consequência da Síndrome de Excesso de Treinamento?

Tales de , Ronaldo de Souza Leão , Grazielle Stuck , Laura Borges , Arthur Narloch , Larissa Rovaris de

DOI: 10.29327/22487.26.4-5

Resumo

Introdução:

Os exercícios físicos contribuem para a saúde física e mental, mas podem causar danos no sistema musculoesquelético, decorrentes isoladamente dos esforços repetitivos (“overuse”) ou no contexto da síndrome de excesso de treinamento (SET) simpática.

Objetivo:

Em caso de tendinite e fratura de estresse, estabelecer o diagnóstico diferencial entre “overuse” e SET simpática.

Relato do caso:

Médico, 57 anos de idade, com sobrepeso. Iniciou caminhadas intercaladas com corrida em esteira ergométrica, três vezes por semana. Devido ao fechamento da academia na pandemia da COVID-19, no final de março iniciou as corridas na rua e, aumentando rapidamente o volume de treinamento, no final de junho já corria diariamente cerca de 6 km entre 40-45 minutos. Um mês depois, no final do treino, apresentou dor e edema no tornozelo esquerdo. Seguiu correndo por mais uma semana. Através de ressonância magnética, identificou-se tendinite e fratura na porção distal da tíbia. Na ocasião, segundo a escala brasileira de humor (BRAMS) e os parâmetros hemodinâmicos, não apresentava indícios de SET simpática.

Conclusão:

Na ausência de outras manifestações relacionadas à SET simpática, pode-se concluir que a tendinite e a fratura de estresse na tíbia decorreram apenas do esforço repetitivo, permitindo o diagnóstico de “overuse”.

Fratura de Estresse e Tendinite: Apenas “Overuse” ou Consequência da Síndrome de Excesso de Treinamento?

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