Rev. DERC (Online) 2019; 25(3): 75-79
CONTRIBUIÇÃO DO TESTE DE EXERCÍCIO NAAVALIAÇÃO DA DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVAPERIFÉRICA
RESUMO
A doença arterial obstrutiva periférica é a terceira principal causa no mundo de morbidade cardiovascular aterosclerótica. Cerca de 70% a 80% dos pacientes acometidos são assintomáticos, o que pode retardar ou dificultar o diagnóstico precoce. A claudicação intermitente é o sintoma mais frequente. Os principais fatores de risco associados à doença são idade avançada, hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia e tabagismo. O índice tornozelo-braquial é considerado o principal teste clínico para diagnosticar a presença e a gravidade da doença, independentemente dos sintomas apresentados pelo paciente. Formas simples de avaliação funcional incluem o teste de caminhada de seis minutos e o teste de velocidade de marcha de quatro metros. A facilidade técnica de aplicação pelo investigador, bem como execução simples para o paciente são as principais vantagens do teste de caminhada. Contudo, a possibilidade de influências ambientais e psicológicas podem favorecer resultados submáximos e interpretações não condizentes com o real estado funcional. Por sua vez, o teste de exercício em esteira é recomendado para propiciar evidência objetiva da magnitude da limitação funcional de claudicação e medir a resposta à terapêutica. Preconiza-se utilizar um protocolo de exercício padronizado (carga fixa ou progressiva). Os estudos que incluem o teste de esteira para avaliação funcional e prognóstica apresentam dados mais robustos quando comparados com os testes de caminhada. Adicionalmente, mostram-se mais precisos para avaliação cardiovascular mais ampla.
Palavras-chave: Claudicação intermitente; Doença Arterial Periférica; Extremidade Inferior; Teste de Esforço
10